Avaliação das Condições de Vida e Saúde dos Idosos Asilados no Município de Maceió: Integração de grupos educativos

27/02/2012 11:19

 

Avaliação das Condições de Vida e Saúde dos idosos asilados no Município de Maceió: Integração de grupos educativos

Cláudia Mendes da Silva1

Elisângela Gonçalves Tavares2

Daniela Eda Silva3

 

A velhice é entendida como uma fase da vida de todo ser humano destinado a envelhecer, esta constitui um processo biologicamente natural, caracterizado pela necessidade de atenção, companheirismo e confiança empregada a um ser que possui uma história e que reflete na nossa. Os grupos educativos representam um suporte ao idoso, que preocupa-se não apenas com o seu bem estar físico, como também emocional, promovendo ações para tanto, destinadas unicamente a um envelhecimento saudável.

O Processo natural do envelhecimento é muitas vezes interpretado como sinônimo de doenças. Porém, o envelhecimento, quando inserido dentro de uma visão holística, permite transcender qualidade de vida dentro da ampla esfera do biopsicossocial. Visando promover este aspecto dentro do Lar São Francisco de Assis, é que propiciamos para os idosos, eventos em forma de entretenimento para conferir-lhes mais dignidade de vida, diante da realidade do abandono e da solidão.

Nos encontros quinzenais serão propostas atividades que possibilitem a participação dos idosos, que se disponibilizem as reuniões, com finalidade de promover a interação entre todos. Estes encontros contemplam com atividades voltadas para a cultura, o folclore, a música, as rodas de conversas, contos, trabalhos manuais, palestras educativas, teatro dentre outras. Os resultados são possíveis detectá-los já durante o encontro, pois todos os que participam, ganham coragem e entusiasmo através das atividades ofertadas. Desta forma, conseguimos captar o perfil da comunidade asilar para atuar exatamente dentro do que eles mais necessitam que muitas vezes, apenas o fato de emprestar um ouvido já torna-se suficiente.

 Por meio de relatórios de cada encontro, destacaremos nossas experiências com as atividades propostas com o grupo, de forma a contribuir para a sociedade uma melhor compreensão do envelhecimento e suas peculiaridades, priorizando o bem estar do idoso como principal objetivo.

Em ritmo de espírito natalino, levamos uma árvore de natal com enfeites, afim de que todos a decorassem. No decorrer da atividade conversamos sobre a festividade e o que esta significava para cada um. Sentimos forte emoção e alegria por parte dos participantes, onde já conseguimos construir um perfil de alguns deles. A dona Rosa foi a primeira idosa que conhecemos, a qual não quis participar do encontro, ela, assim como outros idosos, sentiu-se insegura com a primeira visita e as atividades. Entretanto, houve outros que nos receberam com um sorriso no rosto, exemplo da dona Iracema, uma cadeirante muito simpática e vaidosa com seus colares e pulseiras, ela falou um pouco de sua juventude e nos contou animada sobre o pastoril, uma dança folclórica na qual participou, em que a ouvimos cantar alguns trechos das músicas.

Pedimos algumas sugestões sobre as próximas atividades e todos demonstraram o interesse pela música, propondo Zezé de Camargo e Luciano, Amado Batista, Pastoril e, um senhor pediu Roberto Carlos, o qual é fã do cantor e disse ficar satisfeito em ouvi-lo. Em nosso próximo encontro as recomendações serão exclusivamente realizadas.

Concluímos a atividade com a estrela que a dona Iracema pôs no alto do pinheiro, resultando numa belíssima árvore de natal. Tivemos a participação de dez idosos, os quais se envolveram com a decoração e a conversa, onde a música natalina que tocava no pátio tornou o ambiente ainda mais agradável. A dona Luzia, outra senhora muito sorridente ficou ainda mais feliz quando ganhou um anjinho, uma lembrancinha para não nos esquecer.

Enfatizando nos fatores avaliativos da primeira atividade, ficou comprovado a interação de todos, gargalhadas e muita descontração. Foi possível notar um pouco de resistência de alguns em se alimentar na hora do lanche, um ponto importante que deve ser trabalhado de forma a respeitar as escolhas de cada um, contribuindo com a compreensão de uma alimentação saudável. Em decorrência a insegurança de alguns idosos a participarem das atividades e também pela incapacidade de outros, em nosso próximo encontro faremos visitas aos leitos, de forma a conquistar a confiança de cada um com os nossos objetivos.

Este primeiro momento foi muito importante, tendo em vista o início de uma jornada com duração de alguns meses no Lar São Francisco de Assis, onde a instituição abriu as portas ao nosso projeto (CNPq), acolhendo-nos calorosamente assim como acolhe nossos idosos.

 

1Bolsista do Pibic/CNPq/Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste – SEUNE                   

2Bolsista voluntária do Pibic/Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste – SEUNE                      

3Orientadora – Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste - SEUNE

 

 

 NATAL COM OS IDOSOS

 

 

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